Kashan

Estes tapetes têm as maiores curvaturas e visibilidade entre aqueles produzidos nas cidades da região central do Irã. Todos têm padrões similares – um único medalhão no centro e motivos florais persas, como arabescos, palmeiras, roseirais, flores desabrochando e folhagens, formando um dos padrões mais densos. Os tapetes Kashan são de excelente qualidade. Os mais antigos (antes de 1945) são muito bons, mas alguns dos mais novos não apresentam a mesma qualidade. Têm às vezes um KPSI mais baixo e são tingidos quimicamente. Os tapetes Kashan estão entre os mais bonitos do Irã, e consequentemente, do mundo. Podem ser encontrados em diferentes tamanhos, mas a maioria deles é de tamanho médio. Marfim, verde-claro e vermelho são as cores predominantes. Cores como o verde suave e o azul são encontrados em tapetes mais novos. Estes tapetes têm lãs macias e a pilha fina apertada.

A fundação (urdidura e trama) do tapete é em algodão, exceto em peças muito finas, onde é seda pura. O nó é persa, e a qualidade da tecelagem vai de muito boa a excepcional. Seu número de nós varia entre 120 KPSI até 842 KPSI.

Os tapetes Kashan são feitos de lã de boa qualidade, frequentemente do tipo kurk (feita da lã do pescoço do carneiro). Usam nós persas ou assimétricos extremamente densos. Azuis limpos, tons de vermelho, bege e marfim compõem o campo com inúmeras cores contrastantes no design. Muitos padrões florais são usados, incluindo arabescos, palmeiras e folhagens, que são excelentes para ambientes clássicos e tradicionais. Kashan já tinha uma indústria de tapetes de seda bem estabelecida desde o século dezessete, e seu design não mudou muito desde então. Por volta do final da segunda guerra mundial, estimava-se que a Kashan poderia operar 12000 teares profissionais simultaneamente.

Kashan encontra-se a 258 quilômetros ao sul de Teerã. È uma grande cidade em um oásis ao longo da fronteira ocidental do grande deserto Kavir, na província de Isfahan, Irã central. È uma das cidades mais antigas do Irã. As escavações arqueológicas nos montes de Sialk (quatro quilômetros ao oeste da cidade) indicam que esta área já foi habitada por homens pré-históricos. Foi uma próspera cidade durante a dinastia Sassãntica. Durante o período islâmico, foi também uma cidade famosa. A arquitetura local é original e interessante. Entre os monumentos históricos e religiosos mais importantes desta cidade, destacam-se as diversas fontes termais de água mineral, os jardins históricos Fin e Abbas-Abad, a vila histórica de Abyaneh (reconhecida como patrimônio histórico pela UNESCO), muitos banhos públicos antigos, e reservatórios subterrâneos de água.

Fonte: Wikipédia

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